O diferencial da propaganda eleitoral em 2014 em Goiás será o peso das denúncias da PF

Operação Miquéas x Operação Monte Carlo - O diferencial em 2014 em Goiás será o peso das denúncias da Polícia Federal
     Desde que surgiram os primeiros imbróglios envolvendo o nome do Governador de Goiás, ainda em 2011, e que nada tinham a ver com a PF, muito se falava que Marconi Perillo não conseguiria se reeleger para um quarto mandato. Se bem me recordo, o primeiro grande problema do inquilino da Casa Verde foi a confusão em Catalão, envolvendo o ainda Presidente da Irmandade, Sr Leonardo.
     Muita água passou por debaixo da ponte de lá para cá, outras denúncias surgiram, movimentos foram criados e as cobranças passaram a ser cada vez maiores. O governo que tinha o objetivo de se tornar o melhor da vida dos goianos, não decolava e apesar dos indicadores positivos na economia, algo não permitia que a aprovação popular fosse demonstrada em números reais.
     Surgiram denúncias de quê em Goiás havia um governo paralelo, denúncias essas que derrubaram um Senador da Republica e trouxeram desgastes a imagem dos políticos da situação em Goiás.
     A oposição que nunca foi muito eficiente tentou tirar proveito ao máximo desta situação complexa, e teve a seu favor uma CPMI criada exclusivamente para "pegar" o governador do estado de Goiás. Isso é fato, mas o instrumento que feriu de morte, o mandato do Senador Demóstenes Torres e poderia ter causado uma dor de cabeça crônica ao Governador Marconi Perillo, acabou por avançar demais e como o desfecho imprevisível poderia chegar até o Planalto, logo um relatório de milhares de páginas foi convertido em um documento com apenas cinco e com exceção do mandado de Demóstenes Torres, todo o resto ficou o dito, pelo não dito.
     O Jornal Opção em matéria recente questionou se Marconi Perillo tem tempo de recuperar o seu prestígio junto a população e ainda pleitear um quarto mandato, algumas articulistas políticos diziam que seria muito difícil, a ponto de vencer a eleição...
     Eis que surge novamente no cenário, uma operação conduzida pela Polícia Federal, denominada Miqueias, que envolve políticos do maior partido de oposição, o PMDB, lindas mulheres e denúncias gravíssimas que vão pipocando na mídia da mesma forma como aconteceu no episódio da Operação Monte Carlo. O vazamento das informações da ação da PF no conta-gotas, assim como aconteceu no caso Cachoeira, é que corrobora para a desmoralização dos suspeitos, independentemente da sua culpabilidade no delito. 
     O resumo desta ópera é que a denúncia da PF, se não resolve a eleição de 2014, por que só o eleitor consciente tem poder para isso, dá um tempero diferente do que vinha sendo pintado por ai. As operações da PF colocam em xeque a confiança do eleitor nos seus representantes e na própria política de uma forma geral.
     A Operação Monte Carlo expôs o maior nome da base aliada em Goiás e por um instante incomodou muito o Governo, municiando os adversários, a quem pouco importava se o Governador era culpado ou inocente das acusações que lhe eram imputadas.
     A Operação Miqueias tem um peso menor, por não colocar na berlinda o grande nome da oposição em Goiás, mas ainda assim é capaz de provocar um estrago tão grande nas trincheiras de quem pleiteia tomar a Casa Verde, quanto a Monte Carlo provocou na situação durante vários meses.
     Não veremos a criação de um movimento #ForaSamuelBelchior ou a pauta da grande mídia dar enfase ao fato como deu na Operação anterior, mesmo assim o desgaste será inevitável na esfera regional, pois envolve só o Presidente do PMDB, o maior partido de oposição no estado.
     Simples assim, se quem decide a eleição é o eleitor, então podemos atender aos pedidos feitos por ambas as partes e tratar a todos da mesma forma, ou seja como suspeitos de alguma irregularidade. Nas redes sociais, o novo tribunal de inquisição, todos já foram condenados, o que torna o pleito de 2014 ainda mais imprevisível, pois até que se prove contrário são todos inocentes.
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