Embate de 2014 entre tucanos e petistas é antecipado por denúncias da Siemens via @Reinaldo_Cruz #QuestãoBrasil

Aécio Neves apostava na Inflação para derrubar Dilma,
mas agora será preciso nacionalizar o escândalo do
"propinoduto" paulista para ao menos ter chance em 14
As notícias da investigação trazidas à tona há duas semanas pela Revista Isto É e depois pela Folha de S. Paulo,  sobre formação de cartel em licitações do Metrô paulista, com a suspeita de pagamento de propina a tucanos detonou uma guerra entre o PT e o PSDB com foco nas eleições de 2014. 
O PSDB tinha como meta alavancar a candidatura de Aécio Neves e para isso contava coma subida da inflação e a exploração do episódio do Mensalão. Tinha, por que com as denúncias de propinoduto nos governos do PSDB em São Paulo, a situação tende a se inverter.
PT e PSDB se mobilizaram no Congresso e em São Paulo para desestabilizar o adversário, ataques mútuos sempre estiveram na pauta das legendas e o objetivo do PT é tentar atingir os projetos de reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), ao mesmo tempo que espera consolidar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

As estratégias são semelhantes enquanto o PT quer instalar CPIs – uma na Câmara dos Deputados e outra na Assembleia Legislativa paulista – com o objetivo de desestabilizar o governo Alckmin, a estratégia do encurralado PSDB é nacionalizar a crise e jogar o foco para contratos do metrô feitos em Estados governados pelo PT e com o governo federal, sendo a maioria firmada com a multinacional Siemens.
Qualquer semelhança com o caso Cachoeira não é mera coincidência, pois a CPI instalada no Congresso para fechar o cerco ao Governador de Goiás, acabou desembocando na Construtora Delta, que tinha ligações estreitas com o Governo Federal e com o Governador Sérgio Cabral do Rio de Janeiro. O PT teve que recuar e servir uma pizza fria na CPI. 
A Siemens denunciou o esquema de cartéis em sete Estados ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), na forma de um acordo de leniência – a empresa, envolvida em infração à ordem econômica, se compromete a confessar o ilícito e apresentar provas do esquema de corrupção e, em troca, se livra de ação penal.
Deputados do PSDB protocolaram ontem um requerimento na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para ouvir o presidente do Cade, Vinícius Marques de Carvalho, e representantes das empresas que teriam formado o cartel. Querem que eles falem se o esquema chegou a governos do PT e de partidos aliados da Bahia, Distrito Federal, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
Foco ampliado. Dirigentes do PSDB tiveram acesso ao acordo de leniência que está no Cade e se municiaram com trechos do documento que levantam suspeitas sobre contratos feitos sob gestões petistas.
A estratégia foi desenhada no começo da semana pelo núcleo político do Palácio dos Bandeirantes e colocada em campo na quarta-feira.
Em discurso na Câmara Municipal paulistana, o vereador Floriano Pesaro, líder do PSDB, deu o tom: "A Siemens, que acusa o governo de São Paulo de conivência com o cartel formada por ela e por outras empresas, também tem contratos com metrôs de outros Estados. E também está sendo investigada fora de São Paulo". O vereador foi além. "O Ministério Público Federal da Bahia, governada pelo PT, investiga irregularidades cometidas por empresas nas licitações do metrô de Salvador."
"O PT quer usar o episódio como instrumento de perseguição política. Se houver CPI, ela terá que ser de abrangência nacional", emendou Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara.
Carimbo. "Não há dúvidas de que a testa do governador Geraldo Alckmin foi carimbada. Ele já não é mais aquele político impoluto que se apresentava ao eleitor", disse o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que trabalha na Câmara pela abertura de uma CPI do cartel paulista.
Segundo Zarattini, o PT vai centrar seus esforços em Brasília porque sabe das dificuldades para a abertura de CPIs em São Paulo. O deputado Paulo Teixeira foi escalado pela liderança do PT na Câmara para reunir as 171 assinaturas necessárias para a instalação da CPI. O deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT) conseguiu 26 das 32 assinaturas necessárias para instalar uma CPI, mas os seis nomes restantes teriam de vir da base de Alckmin.
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